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Quem São Realmente Nossos Filhos? Descubra o Que Eles Revelam
Quem São Realmente Nossos Filhos?
Descubra o Que Eles Revelam
Quem são, afinal, esses
seres que geramos, criamos e educamos? São mais do que simples extensões de nós
mesmos. São indivíduos completos, com suas próprias essências, sonhos e
desafios. Para entender verdadeiramente nossos filhos, precisamos olhar para além
das aparências, mergulhar nas camadas profundas de suas personalidades e
compreender as experiências que moldam suas jornadas.
Cada risada, cada lágrima,
cada gesto de rebeldia ou de carinho nos oferece uma pista sobre quem são
nossos filhos. Somos, de fato, a somatória de todas as nossas experiências,
conscientes e inconscientes. Da mesma forma, nossos filhos são moldados por uma
infinidade de influências: desde as interações familiares até as experiências
sociais, culturais e educacionais que atravessam seus caminhos.
É necessário cultivar uma
conexão genuína com nossos filhos, uma conexão que vá além das aparências e das
expectativas. Devemos criar um espaço de confiança e compreensão mútua, onde
possam expressar livremente suas emoções, seus medos e seus sonhos mais
profundos. Somente assim poderemos verdadeiramente conhecer quem são nossos
filhos e acompanhá-los de forma significativa em sua jornada de autodescoberta
e crescimento.
Não há um manual definitivo
para entender nossos filhos, pois cada um é único em sua essência. No entanto,
ao cultivarmos o amor, a empatia e a compreensão, podemos nos aproximar cada
vez mais da verdadeira essência de quem são esses seres maravilhosos que
chamamos de filhos.
AS ESTRUTURAS FUNDAMENTAIS DO SER HUMANO
As estruturas fundamentais
do ser humano são complexas e multifacetadas, envolvendo instâncias mentais,
temperamentos, caráter e personalidades que moldam nossa forma de ser e agir no
mundo.
Em primeiro lugar, as
instâncias mentais fundamentais – prazer, realidade e normatividade –
representam aspectos essenciais da nossa psique. O prazer guia nossas
motivações e busca pelo bem-estar, enquanto a realidade nos mantém conectados
ao mundo tangível ao nosso redor, e a normatividade estabelece as regras de
convivência e conduta social.
Os temperamentos, por sua
vez, delineiam características intrínsecas de personalidade que influenciam
nossas reações e comportamentos. O sanguíneo, com sua sensibilidade e
flexibilidade, contrasta com o fleumático, caracterizado por sua calma e
paciência. O colérico traz consigo a impulsividade e a energia, enquanto o
melancólico se destaca pela introspecção e ordem.
O caráter, representado por
quatro tipos – receptivo, explorativo, acumulativo e produtivo –, reflete como
lidamos com as experiências da vida e nos relacionamos com o mundo ao nosso
redor. Cada tipo carrega suas próprias virtudes e desafios, moldando nossa
abordagem diante das situações cotidianas.
Por fim, as personalidades,
representadas por doze arquétipos distintos, abrangem uma ampla gama de
características e comportamentos. Desde a arquiteta, conhecida por sua
habilidade de planejamento e organização, até a aventureira, sempre em busca de
novas experiências e desafios, cada personalidade traz consigo um conjunto
único de traços e habilidades.
Ao compreendermos essas
estruturas fundamentais do ser humano, somos capazes de nos conhecermos melhor
e compreendermos também aqueles que nos cercam. Cada uma dessas dimensões
contribui para a riqueza da nossa experiência humana, nos tornando seres únicos
e complexos, capazes de enfrentar os desafios e aproveitar as oportunidades que
a vida nos apresenta.
Segundo Freud, as instâncias
mentais fundamentais que guiam o funcionamento da mente humana são intrincadas
e profundamente influentes em nossa psique. Estas instâncias são representadas
pelos princípios do prazer, da realidade e da normatividade, e cada um
desempenha um papel crucial na forma como percebemos, pensamos e agimos no
mundo.
O "id" é a parte
mais primitiva e inconsciente da mente humana. Ele é a fonte de nossos
instintos básicos, impulsos e desejos. É regido pelo princípio do prazer,
talvez o mais primitivo e instintivo dos três, busca a gratificação imediata
das pulsões e desejos do indivíduo, priorizando a busca pelo prazer e evitando
o desconforto ou dor a todo custo. É como se fosse um sistema de gratificação
instantânea, onde o objetivo principal é a satisfação dos impulsos mais básicos
e primordiais.
Em contrapartida, o
princípio da realidade representado pelo “ego” é uma espécie de freio para o
princípio do prazer. Ele reconhece que o mundo não está sempre disponível para
atender às demandas imediatas e impulsivas do indivíduo. Em vez disso, ele nos
obriga a lidar com as restrições do ambiente externo e a buscar soluções mais
realistas e adaptativas para satisfazer nossas necessidades e desejos.
Por fim, o princípio da
normatividade, ou regras de convivência, é uma instância mental condicionada
pelo “supergo”, que se desenvolve ao longo da socialização do indivíduo. Ele
representa as normas, valores e expectativas da sociedade em que vivemos, que
são internalizados pelo indivíduo e influenciam sua conduta e comportamento.
Essas normas atuam como guias para a interação social, ditando o que é
considerado aceitável ou inaceitável em uma determinada cultura ou comunidade.
Assim, as instâncias mentais
de acordo com Freud oferecem uma lente através da qual podemos entender melhor
os mecanismos subjacentes ao funcionamento da mente humana. O constante embate
entre o princípio do prazer, da realidade e da normatividade molda nossa
percepção do mundo e influencia nossas escolhas e ações em todas as áreas da
vida. ( Vilaça, 2019).
TEMPERAMENTOS
De acordo com a teoria dos
temperamentos de Hipócrates, desenvolvida há milhares de anos, a personalidade
humana pode ser classificada em quatro tipos básicos: sanguíneo, fleumático,
colérico e melancólico. Cada um desses tipos reflete características distintas
de comportamento, emoções e interações sociais.
O temperamento sanguíneo é
caracterizado por um grau elevado de sensibilidade e uma natureza otimista e
extrovertida. Pessoas com esse temperamento tendem a ser sociáveis,
entusiasmadas e cheias de energia. No entanto, podem apresentar dificuldades em
manter o foco e a concentração por longos períodos, sendo altamente flexíveis
diante das mudanças.
Já o temperamento fleumático
é marcado pela calma, paciência e serenidade. Indivíduos com esse temperamento
são geralmente equilibrados, tranquilos e inofensivos, preferindo evitar
conflitos e buscar a harmonia em suas relações. São persistentes e disciplinados,
capazes de lidar com situações difíceis de forma serena e compassiva.
Por outro lado, o
temperamento colérico é definido pela impulsividade, paixão e energia intensa.
Essas pessoas tendem a ser assertivas, determinadas e ambiciosas, buscando
sempre alcançar seus objetivos com fervor e entusiasmo. No entanto, sua
natureza explosiva pode levá-las a agir de forma impensada e a ter dificuldades
em controlar suas emoções.
Por fim, o temperamento
melancólico é caracterizado pela introspecção, profundidade e sensibilidade
emocional. Pessoas com esse temperamento são analíticas, meticulosas e
valorizam a ordem e a estruturação em suas vidas. São altamente conscientes de
seus sentimentos e tendem a ponderar cuidadosamente suas decisões antes de
agir.
É importante ressaltar que
esses temperamentos representam apenas uma parte da complexidade da
personalidade humana e que cada indivíduo é único, podendo apresentar uma
combinação de características de diferentes temperamentos. No entanto,
compreender esses padrões básicos de comportamento pode nos ajudar a entender
melhor a nós mesmos e aos outros, facilitando nossas interações e
relacionamentos interpessoais. (Martins et. al., 2008).
TIPOS DE CARÁTER
Erick Fromm, em sua análise
dos tipos de caráter, oferece uma perspectiva profunda sobre como as pessoas se
relacionam consigo mesmas, com os outros e com o mundo ao seu redor. Esses
tipos de caráter refletem diferentes abordagens à vida e podem influenciar
significativamente nossas interações e nossas experiências pessoais.
O caráter receptivo, como
descrito por Fromm, é caracterizado por uma predisposição a receber, mas uma
relutância ou incapacidade de dar em troca. Essas pessoas tendem a se
concentrar em suas próprias necessidades e desejos, buscando constantemente
gratificação e satisfação pessoal sem considerar as necessidades dos outros.
São indivíduos que podem ser vistos como egoístas ou auto-absorvidos, incapazes
de cultivar relacionamentos genuínos baseados na reciprocidade e no apoio
mútuo.
Por outro lado, o caráter
explorativo é marcado por uma busca incessante por novidade e variedade, muitas
vezes às custas dos outros. Essas pessoas podem se envolver em comportamentos
exploratórios em várias áreas da vida, como material, psicológica e emocionalmente.
Elas podem ser vistas como oportunistas, buscando constantemente tirar vantagem
das situações e das pessoas ao seu redor para atender às suas próprias
necessidades e desejos.
O caráter acumulativo
compartilha algumas semelhanças com o caráter receptivo, pois também está
focado em receber em vez de dar. No entanto, o foco principal dessas pessoas é
acumular recursos, seja dinheiro, bens materiais ou até mesmo conhecimento, em vez
de simplesmente buscar gratificação pessoal. Elas podem se tornar avarentas ou
mesquinhas, preocupadas apenas com sua própria segurança e bem-estar, em
detrimento das necessidades dos outros.
Por fim, o caráter produtivo
é aquele que Fromm vê como positivo e saudável. Essas pessoas são capazes de
amar e se dedicar a projetos e causas que vão além de seus próprios interesses
pessoais. Elas encontram satisfação e realização em contribuir para o bem-estar
dos outros e para o mundo ao seu redor, cultivando relacionamentos baseados no
respeito, na generosidade e na reciprocidade. (Fromm & Fraga,1987).
Embora esses tipos de
caráter possam ser vistos como generalizações, eles oferecem uma lente útil
para examinar nossos próprios padrões de comportamento e motivação, bem como
para entender melhor as dinâmicas dos relacionamentos humanos. Ao cultivarmos um
caráter mais produtivo, podemos aspirar a uma vida
mais significativa e
gratificante, baseada no amor, na generosidade e no serviço aos outros.
AS PERSONALIDADES
As personalidades humanas
são incrivelmente diversas e complexas, refletindo uma variedade de
características, habilidades e traços que influenciam a forma como nos
comportamos, pensamos e interagimos com o mundo ao nosso redor. Desde os
líderes visionários até os espíritos livres, cada personalidade contribui de
maneira única para a riqueza da experiência humana.
A "arquiteta" é
aquela que possui uma mente analítica e criativa, capaz de conceber e construir
estruturas complexas, seja no mundo físico ou no mundo das ideias. Ela é
meticulosa e detalhista, sempre em busca de soluções inovadoras e eficientes
para os problemas que enfrenta.
Por outro lado, a
"advogada" é conhecida por sua habilidade persuasiva e argumentativa,
capaz de defender suas ideias e convencer os outros de seu ponto de vista. Ela
é justa e determinada, comprometida em lutar pelo que acredita ser certo e justo.
A "mediadora" é
habilidosa em resolver conflitos e promover a harmonia entre as pessoas. Ela é
empática e compreensiva, capaz de ouvir e entender as diferentes perspectivas
em uma situação e encontrar um caminho comum para o entendimento.
Enquanto isso, a
"virtuosa" é aquela que se destaca por sua integridade e ética,
seguindo princípios morais elevados em todas as áreas de sua vida. Ela é
confiável e responsável, agindo sempre com honestidade e honradez.
O "comandante" é
um líder nato, que inspira confiança e respeito em sua equipe. Ele é assertivo
e decidido, capaz de tomar decisões difíceis e liderar com determinação e
coragem.
A "logística" é
especialista em organização e planejamento, garantindo que tudo funcione sem
problemas e de forma eficiente. Ela é meticulosa e eficaz, capaz de coordenar
múltiplas tarefas e recursos para alcançar os objetivos desejados.
A "defensora" é
aquela que protege e defende aqueles que ama, lutando incansavelmente por sua
segurança e bem-estar. Ela é leal e dedicada, disposta a sacrificar-se pelos
outros e a enfrentar qualquer desafio em seu nome.
Enquanto isso, a
"empreendedora" é aquela que vê oportunidades onde os outros veem
obstáculos, transformando ideias em realidade e buscando constantemente novas
maneiras de inovar e crescer.
A "lógica" é
conhecida por sua mente analítica e racional, capaz de resolver problemas
complexos de forma lógica e metódica. Ela é objetiva e pragmática, confiando na
razão e na evidência para tomar decisões informadas.
A "ativista" é
apaixonada por causas sociais e ambientais, dedicando-se a lutar por justiça e
igualdade em todas as áreas da vida. Ela é corajosa e comprometida, disposta a
dar voz aos que não têm e a fazer a diferença no mundo.
O "cônsul" é
conhecido por sua habilidade em cuidar dos outros e criar um ambiente acolhedor
e harmonioso ao seu redor. Ele é atencioso e generoso, sempre disposto a
oferecer apoio e conforto aos que precisam.
Enquanto isso, a
"aventureira" é aquela que busca constantemente novas experiências e
desafios, explorando o mundo com entusiasmo e coragem. Ela é destemida e
aventureira, sempre em busca de emoções e aventuras.
A "inovadora" é
aquela que está na vanguarda do progresso, criando ideias e soluções para os
problemas do mundo. Ela é criativa e visionária, capaz de pensar além dos
limites convencionais e de inspirar mudanças significativas.
Enquanto isso, a
"animadora" é aquela que ilumina o ambiente com sua energia positiva
e seu espírito contagiante. Ela é otimista e carismática, capaz de levantar o
ânimo dos outros e tornar qualquer situação mais leve e divertida.
Por fim, a
"executiva" é aquela que lidera com eficiência e determinação,
garantindo que as metas sejam alcançadas e os objetivos sejam cumpridos. Ela é
organizada e focada, capaz de tomar decisões rápidas e assertivas para alcançar
o sucesso. (Conte et al., 2011).
Cada uma dessas
personalidades contribui de maneira única para a diversidade e complexidade da
experiência humana, oferecendo habilidades, talentos e perspectivas valiosas
que enriquecem nossas vidas e nossas interações com o mundo ao nosso redor.
ESFERAS RELACIONAIS
Diogo Rizzato Lara, em sua
abordagem das esferas relacionais, oferece uma
visão abrangente e detalhada sobre os diferentes níveis e dinâmicas que
permeiam nossos relacionamentos interpessoais. Dividindo essas esferas em sete
categorias distintas, Lara nos ajuda a compreender melhor as complexidades das
interações humanas e as emoções subjacentes que as influenciam. Para o
propósito deste texto utilizaremos apenas quatro, que estão mais diretamente
relacionadas ao tema proposto.
Na esfera relacional do
"eu", Lara destaca o humor como um elemento-chave, mediado pela
própria essência do ser e controlado pela atenção. Nessa esfera, as emoções
como vontade, medo e raiva são ativadas pela atração ou aversão, e a inibição
ocorre através da evitação. As funções cognitivas, como percepção, juízo,
imaginação, memória e raciocínio, desempenham um papel fundamental nessa
esfera, culminando no produto: sentir.
Já na esfera dos pares, ou
família, Lara destaca a intimidade como o nível primordial, mediado pelo
contato e controlado pela fidelidade. Além das emoções presentes na esfera do
"eu", como amor e ódio, a ligação e a repulsão atuam como mecanismos
de ativação e inibição, respectivamente. O resultado dessa esfera é a formação
da família.
Na esfera dos outros, Lara
ressalta a importância da cooperatividade, mediada pelas regras e controlada
pela ética e pelo respeito. Aqui, além das emoções anteriores, como empatia e
hostilidade, a integração e a marginalização desempenham papéis cruciais na
ativação e inibição. O produto é a formação de relações sociais.
Por fim, na esfera do grupo,
Lara destaca a proximidade como o nível principal, mediado por sinais e
controlado pela lealdade. Apegar-se e desprezar são emoções adicionais que
surgem nessa esfera, ativando a agregação e a dissociação como mecanismos de ativação
e inibição. O resultado é a formação de amizades. (Lara, 2009).
Em suma, a abordagem de
Diogo Rizzato Lara nos ajuda a compreender as complexidades das esferas
relacionais e as emoções subjacentes que as impulsionam, destacando a
importância de uma compreensão mais profunda e empática em nossos
relacionamentos com os outros e conosco mesmos.
A MENTE TRANSGRESSORA
A mente transgressora é
aquela que desafia as normas e ultrapassa os limites estabelecidos pela
sociedade, muitas vezes causando conflitos e perturbações em diversos
contextos. Essa transgressão pode ser influenciada por uma série de fatores,
tanto relacionados ao ambiente familiar quanto às características individuais
do próprio indivíduo. Vamos explorar os elementos estruturadores dessa
transgressão em diferentes áreas da vida:
Pais:
A má comunicação familiar
pode abrir espaço para que o indivíduo se sinta desvalorizado ou
incompreendido, levando-o a buscar formas de expressar sua frustração de
maneira inadequada.
A falta de criação e apoio
por parte dos pais pode deixar o indivíduo desamparado e em busca de formas
alternativas de obter atenção e reconhecimento.
A ausência de uma disciplina
adequada pode levar à falta de limites e consequências para as ações do
indivíduo, incentivando comportamentos transgressores.
A falta de monitoramento
parental pode permitir que o indivíduo se envolva em atividades perigosas ou
prejudiciais sem supervisão ou orientação adequada.
A prática de rejeição ou
abuso por parte dos pais pode causar danos emocionais profundos, levando o
indivíduo a buscar formas de lidar com sua dor e raiva de maneira destrutiva.
Indivíduo:
A propensão para mentir e
manipular pode ser uma forma de evitar responsabilidades ou enfrentar
consequências por suas ações.
O sentimento de poder ao
ludibriar os outros pode ser uma tentativa de compensar sentimentos de
inadequação ou falta de controle sobre sua própria vida.
O uso de táticas de
distração ou desvio pode ser uma maneira de evitar lidar com suas próprias
falhas ou enfrentar a realidade de suas escolhas.
A minimização das próprias
ações e a culpabilização dos pais podem ser estratégias para evitar assumir
responsabilidades por comportamentos inadequados.
A tentativa de manipular os
pais ou ganhar sua compaixão pode ser uma forma de obter aprovação ou evitar
punição por suas ações.
A busca por atividades
excitantes ou perigosas pode ser uma maneira de buscar emoções intensas ou
chamar a atenção dos outros.
Em relação à escola:
A rejeição precoce da escola
pode ser resultado de experiências negativas ou falta de apoio por parte dos
pais ou educadores.
O tédio e alienação na
escola podem levar o indivíduo a buscar estímulos externos ou se envolver em
comportamentos disruptivos como uma forma de escapismo.
A falta de objetivos
acadêmicos pode levar o indivíduo a buscar outras formas de gratificação ou
reconhecimento fora do ambiente escolar. (SAMENOW, 2020).
A jornada de compreender
quem são nossos filhos é uma tarefa complexa e desafiadora, que nos convida a
mergulhar nas profundezas de suas personalidades e experiências. Ao longo dessa
jornada, somos confrontados com a realidade de que nossos filhos são muito mais
do que meras extensões de nós mesmos. Eles são indivíduos únicos, com suas
próprias essências, sonhos e desafios.
Para verdadeiramente
entender nossos filhos, precisamos olhar para além das aparências e das
expectativas. Devemos cultivar uma conexão genuína baseada na
confiança e na compreensão
mútua, criando um espaço onde possam expressar livremente suas emoções e serem
ouvidos com empatia.
A compreensão dos elementos
estruturadores da transgressão, tanto no ambiente familiar quanto na esfera
escolar e individual, nos oferece insights valiosos sobre os desafios que
nossos filhos enfrentam. Desde a falta de comunicação e apoio parental até as
estratégias de manipulação e busca por gratificação imediata, esses elementos
nos ajudam a compreender as motivações por trás dos comportamentos de nossos
filhos.
No entanto, compreender
nossos filhos vai além de identificar seus comportamentos transgressores.
Envolve também reconhecer suas virtudes, seus sonhos e suas aspirações. Somente
ao abraçar sua complexidade e singularidade podemos nos aproximar da verdadeira
essência de quem são esses seres maravilhosos que chamamos de filhos.
Portanto, enquanto
continuamos nossa jornada de compreensão e conexão com nossos filhos, que
possamos cultivar o amor, a empatia e a compreensão, construindo
relacionamentos baseados no respeito mútuo e na aceitação incondicional. Pois é
através desse amor inabalável que podemos verdadeiramente nutrir o crescimento
e o desenvolvimento de nossos filhos, ajudando-os a se tornarem os melhores e
mais autênticos versões de si mesmos.
Referências
Conte,
T., Maia, N., dos Santos Marques, A. B., Mendes, E., & Travassos, G. H.
(2011). Estudo sobre a Influência do Tipo de Personalidade do Inspetor no
Desempenho de Inspeções de Usabilidade. In CIbSE (pp. 211-224).
Fromm,
E., & Fraga, I. (1987). Ter ou ser?. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan.
Lara,
D. R. (2009). Os princípios da mente e da personalidade. Ia JORNADA FLUMINENSE
SOBRE COGNIÇÃO IMUNE E NEURAL História da imunologia cognitiva, 212.
Martins,
L. A. C. P., da Silva, P. J. C., & Mutarelli, S. R. K. (2008). A teoria dos
temperamentos: do corpus hippocraticum ao século XIX. Memorandum: Memória e
História em Psicologia, 14, 9-24.
Vilaça,
G. M. (2019). A construção do conceito de ego da segunda tópica freudiana.
SAMENOW,
S. E. (2020). A mente criminosa. Campinas: Vide Editorial.
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